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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Zumbi dos Palmares, herói ou assassino?

Enquanto a ignorância geral comemora “Zumbi”, um escravocrata cruel e assassino, um verdadeiro herói negro é relegado ao esquecimento!
José de Souza Martins, em sua obra “Divisões Perigosas”, assim descreve a realidade do Quilombo de Palmares:

“Os escravos que se recusavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos eram capturados e convertidos em cativos dos quilombos. A luta de Palmares não era contra a iniqüidade desumanizadora da escravidão. Era apenas recusa da escravidão própria, mas não da escravidão alheia. As etnias de que procederam os escravos negros do Brasil praticavam e praticam a escravidão ainda hoje na África. Não raro capturavam seus iguais para vendê-los aos traficantes. Ainda o fazem. Não faz muito tempo, os bantos, do mesmo grupo lingüístico de que procede Zumbi, foram denunciados na ONU por escravizarem pigmeus nos Camarões”.

Imagem atual da escravidão promovida pelos bantos nos Camarões

Negros escravizando outros negros na África do século XXI...

Imagem de uma campanha humanitária pelo fim da escravidão na África e no mundo.

Edison Carneiro, na obra “O Quilombo dos Palmares” também relata:

“Depois de feitas as pazes em 1678, os negros mataram o rei Ganga-Zumba, envenenando-o, e Zumbi assumiu o governo e o comando-em-chefe do Quilombo.”

Na mesma obra, Carneiro relata:

“Nina Rodrigues esclarece que nos Palmares havia ‘um governo central despótico’ semelhante aos da África na ocasião”.

E ainda:

“Se algum escravo fugia dos Palmares, eram enviados negros no seu encalço e, se capturado, era executado pela ‘severa justiça’ do quilombo”.

É este o “símbolo da liberdade”? Um assassino que manda envenenar o rei de seu povo para ele mesmo reinar com a máxima crueldade?
Um sujeito que captura seus semelhantes e os submete à escravidão?
Cabe lembrar que os portugueses, na maior parte das vezes, não capturavam os escravos, mas os compravam das tribos negras que moravam na costa do continente africano. Aliás, até hoje a escravidão é praticada em várias regiões da África, como pode-se confirmar com qualquer pesquisa sobre o tema. Zumbi mantinha escravos de tribos inimigas para os trabalhos do quilombo...
Por outro lado, atestando a falta de memória e a ignorância programada para o povo crédulo, um gigante da cultura brasileira, o literato negro Ernesto Carneiro Ribeiro, é esquecido e relegado à obscuridade.
Por qual razão? Não é difícil imaginar...

Dr. Ernesto Carneiro Ribeiro, médico, literato, filólogo, jurisconsulto, professor de Rui Barbosa e Euclides da Cunha.  Qual é o motivo pelo qual os movimentos negros não querem se lembrar dele?

Ernesto Carneiro Ribeiro nasceu na cidade e Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos, onde aprendeu os primeiros fundamentos educacionais. Dali, mudou-se para a Capital, onde realizou os estudos de humanidades - preparatórios para a Faculdade de Medicina da Bahia, onde finalmente diplomou-se em 1854.
Já como estudante dedica-se ao magistério, sobretudo no Ginásio Baiano, de Abílio César Borges - já consagrado educador.
Em 1874 fundou o Colégio da Bahia, que durou até 1883. No ano seguinte fundou um colégio com seu nome.
Participou, quando recém-proclamada a República, de uma comissão formada pelo governador Manuel Vitorino, destinada a elaborar um plano de ação educacional.
Era casado com Maria Francisca Ribeiro, com quem teve vários filhos, alguns dos quais seguiram-lhe a carreira como professores, com destaque para o quarto deles, Helvécio Carneiro Ribeiro.
No ano de 1902 Carneiro Ribeiro foi incumbido, por J. J. Seabra, de realizar a revisão do Projeto de Código Civil, apresentado por Clóvis Beviláqua que pela primeira vez iria viger no Brasil - então regido por antigas e esparsas leis das Ordenações filipinas. Para tanto, foi-lhe dado o prazo de apenas quatro dias - que cumpriu, de forma lapidar.
Por razões políticas - Seabra era antigo desafeto e adversário político, na Bahia - Rui Barbosa engendrou ali uma importante polêmica, que serviu para revelar o profundo conhecimento filológico de Carneiro Ribeiro, refutando as críticas do ex-aluno (vide a obra "A Redacção do Projecto do Codigo Civil e a Replica do Dr. Rui Barbosa pelo Dr. Ernesto Carneiro Ribeiro - lente jubilado do governador da Bahia, Bahia, 1905, 899 páginas).
O estudioso expôs e defendeu a normatização de peculiaridades do idioma português, falado no Brasil - diferente das gramáticas então existentes - sendo neste particular o pioneiro no país.
Sua principal obra - Serões Gramaticais - publicada inicialmente em 1890 e reeditada em 1915, constitui-se num "verdadeiro monumento da língua portuguesa" (no dizer de Antônio Loureiro de Souza, in "Bahianos Ilustres", Salvador, 1949).
Dentre os alunos formados sob os auspícios do lente baiano destacam-se Rui Barbosa, Euclides da Cunha, Rodrigues Lima e muitos outros que ocuparam posições de destaque na vida política e intelectual, no período que compreende o fim do Império ao início da República.

Autor: Dharmananda (Budismo Aristocrático)

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